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Política Industrial, Produtividade e Desenvolvimento


Política Industrial, Produtividade e Desenvolvimento
19/08/2024 Política Industrial, Produtividade e Desenvolvimento
9º Congresso da Indústria de Máquinas e Equipamentos debaterá temas relevantes para a indústria

A política industrial é um tema central nas discussões sobre o desenvolvimento econômico de qualquer nação, especialmente para setores estratégicos como o de máquinas e equipamentos. 

No entanto, os modelos tradicionais de política industrial, muitas vezes baseados em incentivos setoriais generalizados, têm mostrado limitações significativas, não conseguindo, ao longo dos anos, gerar o impacto esperado na produtividade e competitividade global.

Diante desse cenário, surge a necessidade de repensar as políticas industriais sob uma nova perspectiva. Em vez de uma abordagem genérica, há quem defenda que os esforços sejam direcionados a atividades econômicas que tenham um alto potencial de absorção de mão de obra e que possam, de fato, gerar crescimento sustentável. 

Neste artigo vamos fazer uma reflexão sobre esse novo modelo de política industrial. Após a leitura você vai conhecer as transformações no cenário internacional e as implicações para o Brasil, e entender como essas mudanças podem impactar diretamente o setor de máquinas e equipamentos.

Política industrial e as mudanças no cenário internacional

Nos últimos anos, o cenário internacional passou por profundas transformações, que recolocaram a política industrial como uma ação prioritária para o desenvolvimento e soberania dos países. 

Três eventos principais destacam-se nesse contexto: a guerra comercial entre grandes potências, a pandemia de COVID-19, e a emergência da transição energética devido ao impacto da mudança climática.

A guerra comercial, especialmente entre os Estados Unidos e a China, expôs a vulnerabilidade das cadeias globais de valor e a necessidade de os países reavaliarem suas políticas industriais para proteger setores estratégicos. 

A pandemia de COVID-19, por sua vez, trouxe à tona a importância de resiliência nas cadeias de suprimento e a necessidade de fortalecer a produção local de bens essenciais. 

Finalmente, a transição energética, impulsionada por uma crescente preocupação com as mudanças climáticas, tem direcionado investimentos para tecnologias mais limpas e sustentáveis, reconfigurando o cenário industrial global.

Esses eventos têm levado diversos países a revisarem suas políticas industriais, com um foco renovado em fortalecer setores estratégicos e promover a inovação. Para o Brasil, entender e se posicionar dentro desse novo contexto global é fundamental para garantir competitividade e crescimento sustentável.

 

Modelos de políticas industriais adotados internacionalmente

Diversos países têm implementado políticas industriais de maneiras distintas, cada um com suas particularidades, mas todos com o objetivo comum de impulsionar o desenvolvimento e a competitividade.

  • Estados Unidos: a política industrial dos EUA tem se concentrado em fortalecer a inovação tecnológica e a manufatura avançada, com grande ênfase em setores como semicondutores, inteligência artificial e transição energética.
  • Alemanha: o modelo alemão foca na Indústria 4.0, com a integração de tecnologias digitais na produção industrial e com a soma dos esforços de empresas, associações e demais entidades em prol do desenvolvimento industrial. O país também prioriza a sustentabilidade, investindo pesadamente em energia renovável e mobilidade elétrica.
  • França: o país adotou um modelo de política industrial que combina inovação tecnológica com transição verde, destacando-se em áreas como a produção de hidrogênio verde e a eletrificação de transportes.
  • Coreia do Sul: exemplo de sucesso na implementação de uma política industrial que impulsiona a inovação, com foco em setores como eletrônicos, automotivo e, mais recentemente, energias renováveis.
  • China: possui uma política industrial caracterizada por uma forte intervenção estatal para apoiar setores estratégicos, como tecnologia da informação, robótica e energias limpas, visando transformar o país em uma superpotência tecnológica.
  • Vietnã e México: suas políticas industriais focam em atrair investimentos estrangeiros e fortalecer a manufatura local. 

Efeitos no Brasil

O impacto dessas políticas industriais no Brasil pode ser significativo, especialmente para o setor de máquinas e equipamentos. O país tem a oportunidade de se posicionar como um player relevante na cadeia global de valor, especialmente em setores como a agroindústria, a mineração e a automação industrial. 

No entanto, para que isso aconteça, é essencial que o Brasil adote políticas que incentivem a inovação, a capacitação da mão de obra e o desenvolvimento de tecnologias nacionais.

 

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Nova Indústria Brasil

Para posicionar o Brasil como um player relevante no cenário industrial global, o governo federal lançou recentemente o "Nova Indústria Brasil", um plano de ação que visa impulsionar o desenvolvimento industrial até 2033, com metas ambiciosas e foco em inovação, sustentabilidade e capacitação tecnológica. 

Isso inclui o incentivo à digitalização da indústria, à automação e à integração de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e manufatura avançada, com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras.

Inclui também o incentivo à adoção de práticas industriais que reduzam o impacto ambiental, como a promoção de energias renováveis, eficiência energética, e a transição para uma economia de baixo carbono. 

Outro foco importante do "Nova Indústria Brasil" é a capacitação da força de trabalho, por meio de programas de treinamento e qualificação para preparar os trabalhadores para as demandas de uma indústria cada vez mais tecnológica e digital. 

Além disso, o plano propõe ações para simplificar processos, reduzir a burocracia e melhorar o ambiente de negócios, tornando-o mais atrativo para investimentos, tanto nacionais quanto internacionais. 

Na prática, ele representa um esforço significativo para reverter o processo de desindustrialização que o país vem enfrentando e busca criar as condições necessárias para que a indústria brasileira retome seu papel como motor do desenvolvimento econômico.

Oportunidades 

  • Aumentar a participação da indústria no PIB nacional;
  • Promover a transição para a Indústria 4.0, incentivando a adoção de tecnologias avançadas para digitalizar processos produtivos, aumentar a eficiência e reduzir custos;
  • Promover práticas sustentáveis que reduzam a pegada de carbono da indústria, alinhando-a com os compromissos ambientais do Brasil;
  • Incentivar o desenvolvimento de cadeias de suprimentos locais, reduzindo a dependência de importações e aumentando a resiliência da economia.

Desafios

  • Limitação orçamentária, que exige que o governo encontre maneiras eficazes de financiar as iniciativas propostas sem comprometer a estabilidade fiscal;
  • A burocracia e a complexidade das regulações no Brasil, entraves históricos para o desenvolvimento industrial;
  • Continuidade das políticas públicas, que envolve a manutenção do foco e o acompanhamento rigoroso das metas estabelecidas para que o plano alcance seus objetivos.

Como vimos, o cenário internacional e as transformações econômicas globais exigem que o Brasil repense sua política industrial para se posicionar de forma competitiva no mercado global. 

Para o setor de máquinas e equipamentos, o momento é de adaptação e inovação, aproveitando as oportunidades trazidas pela transição energética e pela demanda por tecnologias mais eficientes e sustentáveis. 

Convidamos você, líder industrial, a explorar mais sobre esses temas e preparar sua empresa para os desafios e oportunidades à frente, participando do 9º Congresso da ABIMAQ. 

Não perca a oportunidade de debater e se atualizar sobre os rumos da política industrial, produtividade e desenvolvimento. Garanta sua inscrição aqui.

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