O tema movimentação de materiais tem extrema relevância na logística. Para essa atividade estratégica, a empresa deve selecionar a melhor solução, considerando critérios como: menor risco de perdas de materiais; diminuição do tempo de espera das matérias-primas, evitando que por essa razão máquinas fiquem paradas. Em linhas gerais, as opções podem ser organizadas em duas categorias: os transportadores de ação contínua e os de ação intermitente.
Neste artigo, abordamos as correias transportadoras, uma máquina de fluxo contínuo utilizada por organizações de diversos setores da economia: extração (mineração e siderurgia, cimento, mármores e granitos), agronegócio (armazéns gerais, adubos e fertilizantes) e indústria (portos e montadoras e fabricantes de equipamentos).
Compostas por coberturas superior e inferior, borrachas de ligação e carcaças, as correias transportadoras se deslocam sobre tambores e roletes, levando grandes volumes de materiais em um fluxo contínuo. Dessa forma, são de grande valia no escoamento de materiais, em percursos de longa, média e curta distâncias. Em função da diversidade das condições de atuação e dos itens que podem transportar, as correias transportadoras precisam ser customizadas para cada situação, considerando aspectos como, resistência à abrasão, altas temperaturas, eventuais impactos, reações químicas e muitas outras especificidades.
As primeiras correias transportadoras foram criadas na Inglaterra durante a Revolução Industrial, no século 18, e representavam um avanço tecnológico na época. Eram construídas com lonas, couros ou borrachas que deslizavam sobre superfícies planas de madeira para transportar cargas. Com o tempo foram sendo cada vez mais aperfeiçoadas e seu uso ampliado. Atualmente existem correias transportadoras de diversos materiais, como cabo de aço, lona e aramida. Elas permitem desde o transporte de grãos de cereais e minérios brutos até materiais incandescentes.
A área de manutenção das correias transportadoras também se destaca pela evolução tecnológica, com soluções digitais que permitem à equipe de operação, por exemplo, acompanhar a velocidade, desalinhamento, danos, espessura e desgaste, escorregamento e temperatura das correias transportadoras em tempo real. Dessa forma, é possível atuar com manutenção preditiva, evitando a ocorrência de falhas entre as inspeções físicas programadas para o equipamento.
Câmara Setorial de Equipamentos para Movimentação e
Armazenagem de Materiais (CSMAM)