Em um momento de recuperação econômica e, diante de acontecimentos no mundo que geram instabilidades e incertezas para a economia global, nosso trabalho continua sendo pelo fortalecimento e crescimento da indústria de Máquinas e Equipamentos.
Nossa evolução como espécie sempre contou com o desenvolvimento de ferramentas, máquinas e o domínio de processos de produção, ou seja, a relação homem-máquina e novas tecnologias são, e continuarão sendo importantes para o nosso futuro.
É por acreditarmos na indústria brasileira, que atuamos diariamente pela reindustrialização do Brasil, certos de que o setor é fundamental para o crescimento sustentável e continuado da economia. E é exatamente nesse sentido que a tecnologia se torna um diferencial importante e decisivo para o avanço do nosso setor.
A indústria de máquinas e equipamentos tem apresentado soluções para integração de tecnologias digitais aos processos de produção industrial, com foco em maior produtividade e eficiência energética, com menores custos e menos resíduos.
A lista de melhorias institucionais é longa, e nossa atuação está focada hoje na redução do Custo Brasil e no apoio às reformas estruturantes como a Tributária e a Administrativa, cujos benefícios serão sentidos por todos nós cidadãos brasileiros, principalmente porque sabemos do comprometimento da indústria brasileira com o crescimento e com a modernização.
Nesse sentido, a recente aprovação pelo Senado da MP 1147/2022, que trata da alteração da taxa de remuneração dos financiamentos à inovação contribuirá para a redução do custo de financiamento do BNDES em operações voltadas à inovação tecnológica, trazendo otimismo para o setor.
A medida, que seguirá para a sanção presidencial, irá reduzir o custo de financiamento à inovação e será limitado a 1,5% do saldo dos recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) junto ao Banco, o que representa, segundo estimativas da CNI, a oferta de 5,8 bilhões anuais para a inovação.
Esses recursos vão se somar aos recursos anunciados em 2022 pelo secretário-executivo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luís Manuel Rabelo Fernandes, ampliando as verbas do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) disponíveis para empréstimos, através da (FINEP)Financiadora de Estudos e Projetos, que também favorecerá a agenda de pesquisa e inovação.
Certamente essas medidas vem de encontro a uma inovação tecnológica necessária para gerar empregos cada vez mais qualificados, gerar melhoria da produtividade das empresas, contribuir para o avanço tecnológico da indústria e fornecer as bases para o crescimento do país.
O setor de máquinas e equipamentos precisa contar com políticas públicas de inovação e tecnologia consistentes e articuladas com o setor privado, com o objetivo de aumentar os gastos em P,D&I, definindo claramente objetivos estratégicos, procurando sinergias e evitando dispersão e superposição de esforços e gastos.
Reiteramos que a inovação é essencial para o aumento da competitividade das empresas. Em última instância é a indústria de máquinas e equipamentos que leva inovação a todos os demais setores econômicos, na medida em que é a indústria que faz indústrias.
* Gino Paulucci Jr. é engenheiro, empresário e presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ